01 agosto 2008

...as imagens transbordam fugitivas...






Evadir-me, esquecer-me, regressar
À frescura das coisas vegetais,
Ao verde flutuante dos pinhais
Percorridos de seivas virginais
E ao grande vento límpido do mar.


As imagens transbordam fugitivas
E estamos nus em frente às coisas vivas
Que presença jamais pode cumprir
O impulso que há em nós, interminável,
De tudo ser e em cada flor florir?


Sophia de Mello Breyner Andresen

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