...nascemos com muita sorte...
Também o peixe é meu amigo – disse em voz alta. Nunca vi nem ouvi falar de um peixe assim. Mas tenho de o matar. Agrada-me pensar que não temos de matar as estrelas.
Ora imagina, pensou, que um homem devia todos os dias ver se matava a lua. A lua foge. Mas imagina que um todos os dias teria de ver se matava o sol? Nascemos com muita sorte.
Sentiu depois pena do grande peixe, que nada tinha de comer, e a sua determinação em matá-lo não contrariava a pena que sentia. «A quantas pessoas dará de comer?, pensou. Mas são elas dignas de o comer? Não, claro que não. Não há ninguém digno de o comer tal é o seu comportamento, a sua grande dignidade».
Ernest Hemingway
in "O Velho e o Mar"
Ora imagina, pensou, que um homem devia todos os dias ver se matava a lua. A lua foge. Mas imagina que um todos os dias teria de ver se matava o sol? Nascemos com muita sorte.
Sentiu depois pena do grande peixe, que nada tinha de comer, e a sua determinação em matá-lo não contrariava a pena que sentia. «A quantas pessoas dará de comer?, pensou. Mas são elas dignas de o comer? Não, claro que não. Não há ninguém digno de o comer tal é o seu comportamento, a sua grande dignidade».
Ernest Hemingway
in "O Velho e o Mar"





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