04 dezembro 2011

...si lo que quíres es vivir cien años...

…mais uma viagem, mais umas aventuras. Ontem quando cheguei a Madrid, onde devia apanhar o voo para Filadélfia, perguntei onde era o terminal da Companhia Aérea a 2 funcionários do aeroporto. No bilhete faltava esse dado, que normalmente aparece. Mandaram-me para o Terminal 4, que fica a uns 15 minutos de autocarro. Quando cheguei ao T4, descobri que afinal era no T1, e regressei. O check in do voo tinha terminado uns 5 minutos antes. Consegui que me alterassem o bilhete, sem custos. Mas tive que esperar 24 horas. Em vez de me lamentar da sorte, decidi aproveitar a oportunidade de conhecer Madrid. Conheço Madrid das imagens na tv, mas nunca tinha tido a oportunidade de conhecer a cidade. E, apesar da confusão no Centro da cidade, consegui ver alguns dos pontos turísticos, apreciar a intensa animação de rua (ainda mais, porque estamos na quadra natalícia), comer em sítios típicos e em conta, comer uma porra (fartura sem açúcar!) e andar cerca de 15 kms. Só tive pena de não ter ido ver o musical “100 mentiras”, baseado na obra do Sabina. Os bilhetes eram muito caros e já estavam esgotados. Terei que pensar num concerto. Do Sabina e do Serrat. Mesmo em separado. Foi um dia diferente e apesar de tudo, não considero que tenha feito uma má troca. Ainda tive oportunidade de ver uma série de modelitos de homem e senhora, a deslocarem-se para um casamento da alta sociedade (alguém lê a Hola?), num hotel de 5 estrelas no centro da cidade. Vi mais umas quantas noivas, a passear pela Puerta del Sol. A contrastar com a festa, o aumento do número de pedintes, especialmente idosos, anunciado que a crise também está bem instalada na sociedade espanhola.

Regressei ao aeroporto e acabei o livro que estava a ler da Isabel Allende (“La isla por debajo del mar"), fazendo tempo para não dormir, enquanto esperava que o check in abrisse. Cumpri um dos objectivos da viagem – terminar o livro que tinha começado há uns meses. Consegui não adormecer, apesar de ser a 2ª directa seguida. E, hoje a minha estrelinha não me abandonou. Sou uma pessoa de sorte. Apesar das situações estranhas das viagens. Mas, ainda assim, consigo tirar partido das melhores coisas, mesmo quando parece à priori ser uma desgraça. Em tempos, alguém me disse que sou uma sobrevivente. Creio que sim, que sou mesmo uma sobrevivente a todas as situações más que me acontecem. E consigo sempre brincar e ver o lado menos mau. "I have lived"…

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