12 julho 2011

...não faça nada por mim...

...em conversas, por estes dias com uma amiga, sobre o concerto "Beijo Bandido" do Ney Matogrosso, ela dizia que o Ney conseguia interpretar os temas de uma forma única porque se entregava à paixão e sabia o que significava a palavra amor. Entretanto, acabou por  me contar detalhes da única vez em que esteve verdadeiramente apaixonada. Acabei por ouvir, com um sorriso, por me lembrar da minha primeira paixão, em  que um simples toque me fazia percorrer uma descarga eléctrica pelo corpo. Foi algo demasiado intenso, mas de certa forma foi bom enquanto durou... embora fosse um relacionamento de tal forma intenso que me destruía. O pior, é que eu era o elo mais fraco da cadeia. E os finais nunca são felizes nesta situação. 
Enquanto a minha amiga ia falando, lembrei-me da minha outra grande paixão. Não era tão intensa, no sentido da anterior, ou melhor, era demasiado intensa sim, mas não me provocava o sentimento de estar a enfrentar um tsunami. Era algo mais calmo, que me deixava tranquila e feliz... acho que foi a única pessoa com quem eu senti que seria possível compartilhar a minha vida. Infelizmente o fim chegou, sem nunca ter percebido o porquê. Talvez não haja justificação. Depois de ter procurado durante anos um porquê - um dos defeitos das pessoas de ciências, que esperam encontrar sempre um motivo lógico para tudo, como dizia e bem a minha amiga - percebi que há coisas que acontecem e nada do que possamos fazer as evitará. E este fim foi preciso para repensar a minha vida e lutar pelos meus sonhos. Custou muito ir subindo, degrau a degrau, com umas quantas quedas pelo caminho, mas consegui. E a vida brilha de forma diferente, com um brilho mais intenso. E nada que eu pudesse ter feito teria resultado num final diferente...




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