26 janeiro 2007

Gracias a la vida

Ontem foi um dia memorável... por inúmeras coisas boas, mas principalmente porque foi um marco histórico na concretização de um sonho (daqueles que até há um ano atrás me parecia impossível de se tornar realidade).
A juntar a isso, o poder estar com alguns Amigos, o poder ver actuar alguns dos artistas que eu admiro... e entre eles, uma grande senhora, Luz Casal, por quem eu tenho uma admiração enorme desde há uns 25 anos, era eu pré-adolescente... e que ontem demonstrou a "garra" que tem, pois apesar de não se encontrar bem fisicamente, não deixou de estar presente num compromisso assumido, cantando alguns temas que foram importantes para mim... e ontem, este tema adequava-se perfeitamente a tudo o que eu sentia, ao local onde me encontrava, e aos últimos balanços da minha vida!!!




Gracias a la vida que me ha dado tanto.
Me dio dos luceros que, cuando los abro,
perfecto distingo lo negro del blanco,
y en el alto cielo su fondo estrellado
y en las multitudes el hombre que yo amo.

(Gracias a la vida que me ha dado tanto.
Me ha dado el oído que en todo su ancho
Graba noche y día, grillos y canarios,
Martillos, turbinas, ladridos, chubascos,
Y la voz tan tierna de mi bien amado. )

Gracias a la vida que me ha dado tanto.
Me ha dado el sonido y el abecedario;
Con el las palabras que pienso y declaro:
Madre, amigo, hermano, y luz alumbrando
La ruta del alma del que estoy amando.

Gracias a la vida que me ha dado tanto.
Me ha dado la marcha de mis pies cansados;
Con ellos anduve ciudades y charcos,
Playas y desiertos, montañas y llanos,
Y la casa tuya, tu calle y tu patio.

Gracias a la vida que me ha dado tanto.
Me dio el corazón que agita su marco
Cuando miro el fruto del cerebro humano,
Cuando miro al bueno tan lejos del malo,
Cuando miro al fondo de tus ojos claros.

Gracias a la vida que me ha dado tanto.
Me ha dado la risa y me ha dado el llanto.
Así yo distingo dicha de quebranto,
Los dos materiales que forman mi canto,
Y el canto de ustedes que es mi mismo canto,
Y el canto de todos que es mi propio canto.
Gracias a la vida que me ha dado tanto.




(mesmo quando parece que não temos nada do que mais desejamos, se olharmos bem, a "vida" já nos deu mais do que precisamos... muitas vezes, a questão está em reconhecer tudo o que temos e em lidar com tudo da melhor forma- essa é a tarefa difícil, e muitas vezes é preciso chegar ao fundo do poço, perdendo muitas das coisas que tinhamos como certas, para darmos valor a tudo o que ainda nos resta... )

2 comentários:

frantrisha disse...

pois é...e é esta ultima parte q escreveste traduz perfeitamente aquilo que senti na 5a:)
...é uma mudança de página...

Unknown disse...

Não sou muito conhecedor, lembro-me dela cantar Tú me acostumbraste, lindo, e como mais tarde o Caetano Veloso pegar nessa canção. E lembro, claro do Gracias a La Vida, mas desta canção não é a versão dela a que me enche mais as medidas, talvez uma da Chavela Vargas ou mesmo Joan Baez ou Pete Seeger