27 janeiro 2007

Le Ciel Dans Une Chambre

Quem me conhece sabe que os temas interpretados em francês não são propriamente do meu agrado. Mas como em tudo na (minha) vida há algumas excepções, e uma delas é esta senhora- Carla Bruni, com uma voz a condizer com a sua figura (bonita e sensual).


Há algum tempo (final de 2003) alguém me mostrou o cd... e o disco passou e passou e passou na aparelhagem e no computador vezes sem fim... afinal, há pequenas coisas que nos fazem sentir bem, como esta música, que durante uns tempos teve um significado especial para mim...

Ainda não tive a oportunidade de ouvi o novo disco... mas não perde pela demora, pelo tema lindíssimo que já ouvi na rádio...



Quand tu es près de moi,
Cette chambre n'a plus de parois,
Mais des arbres oui, des arbres infinis,
Et quand tu es tellement près de moi,
C'est comme si ce plafond-là,
Il n'existait plus, je vois le ciel penché sur nous... qui restons ainsi,
Abandonnés tout comme si,
Il n'y avait plus rien, non plus rien d'autre au monde,
J'entends l'harmonica... mais on dirait un orgue,
Qui chante pour toi et pour moi,
Là-haut dans le ciel infini,
Et pour toi, et pour moi

Quando sei qui con me
Questa stanza non ha piu pareti
Ma alberi, alberi infiniti
E quando tu sei vicino a me
Questo soffitto, viola, no
Non esiste più, e vedo il cielo sopra a noi
Che restiamo quì, abbandonati come se
Non ci fosse più niente più niente al mondo,
Suona l'armonica, mi sembra un organo
Che canta per te e per me
Su nell'immensità del cielo
E per te e per me.
mmmhhhhhhhh
Et pour toi, et pour moi.
mmmhhhhhhhh


Carla Bruni

8 comentários:

Unknown disse...

No promises é o nome do novo disco e aconselho, um disco cheio de poetas ingleses entre os quais Auden, ela foi buscar um poema ao livro Diz-me a verdade acerca do amor, um poema lindo: "At last the secret is out" ("...Há sempre um creul segredo, uma justificação confidencial para isto.")

Unknown disse...

E o "creul segredo" é "cruel segredo"

Pêndulo disse...

Este poema, Junino?

"At last the secret is out,
as it always must come in the end,
the delicious story is ripe to tell
to tell to the intimate friend;
over the tea-cups and into the square
the tongues has its desire;
still waters run deep, my dear,
there's never smoke without fire.

Behind the corpse in the reservoir,
behind the ghost on the links,
behind the lady who dances
and the man who madly drinks,
under the look of fatigue
the attack of migraine and the sigh
there is always another story,
there is more than meets the eye.

For the clear voice suddenly singing,
high up in the convent wall,
the scent of the elder bushes,
the sporting prints in the hall,
the croquet matches in summer,
the handshake, the cough, the kiss,
there is always a wicked secret,
a private reason for this.

Wystan Hugh Auden"

Bem bonito sem duvida... amanhã tenho mesmo que ir à Fnac :-))))

Obrigado

Unknown disse...

Esse mesmo, deve estar esgotado o livro, pelo menos esteve esgotado. Comprei-o há bastante tempo numa feira do livro no Porto. É um livro com 10 poemas lindos especialmente o Funeral Blues "...Agora as estrelas não são necessárias: apaguem-nas todas;
Emalem a lua e desmantelem o sol;
Despejem o oceano e varram o bosque;
Pois agora tudo é inútil."

Pêndulo disse...

Junino

se apareceres por aqui e tiveres a tradução do poema, podes-ma deixar?

E obrigado por Auden... não conhecia, mas a minha proxima compra para além do disco da Carla Bruni vai ser um livro de poemas do Auden.

Entretanto já descobri alguns poemas bem bonitos... mas com este acertaste na "mouche" em imensas coisas... (epah,,, os meus amigos dizem que a bruxa sou eu... há concorrência????? :-))))) eu costumo dizer que não há coincidencias... ou então há imensas...)

(e sai uma acusação de plágio da MRP...LOOOOOOOOOOOOOL)

Unknown disse...

O Livro é da Relógio d'Água e a traduçãoi de Maria de Lurdes Guimarães.

Blues Fúnebres

Parem todos os relógios, desliguem o telefone,
Não deixem o cão ladrar aos ossos suculentos,
Silenciem os pianos e com os tambores em surdina
Tragam o féretro, deixem vir o cortejo fúnebre.

Que os aviões voem sobre nós lamentando,
Escrevinhando no céu a mensagem: Ele Está Morto,
Ponham laços de crepe em volta dos pescoços das pombas da cidade,
Que os polícias de trânsito usem luvas pretas de algodão.

Ele era o meu Norte, o meu Sul, o meu Este e Oeste,
A minha semana de trabalho, o meu descanso de domingo,
O meio-dia, a minha meia-noite, a minha conversa, a minha canção;
Pensei que o amor ia durar para sempre: enganei-me.

Agora as estrelas não são necessárias: apaguem-nas todas;
Emalem a lua e desmantelem o sol;
Despejem o oceano e varram o bosque;
Pois agora tudo é inútil.

Unknown disse...

Ah! E aproveita e se puderes compra também o Folhas de Relva do Whitman, vem também um poema de lá no disco e o livro há uns tempos estava numa promoção muito boa na FNAC

Pêndulo disse...

Ontem comprei o disco da Carla Bruni! lindíssimo!! ouvi-o umas 5 ou 6 vezes... embora a qualidade de som não fosse a melhor (walkman com colunas... a malta a mudar de casa tem que improvisar :-)) ) mas fez-me ficar com um sorriso enorme e uma calma interior muito boa. :-D))))

Não comprei o livro do Auden... ou melhor, não comprei ESSE livro do Auden, que estava esgotado- comprei o unico (Outro tempo) que havia e ainda estive a ler alguns poemas. Os outros (Diz-me a verdade... e o massacre dos inocentes) ficaram encomendados.

Tenho que ver se tenho esse livro do Whittmann... isto de ter os livros todos distribuidos por 3 sitios, é péssimo para a malta desorganizada como eu... mas agora os meus livros e cds têm finalmente um sitio certo :-))))))

E obrigado pelas dicas... às vezes é complicado descobrir pessoas que tenham gostos literarios e musicais menos habituais...