23 março 2007

A Magnólia

A exaltação do mínimo,

E o magnífico relâmpago

Do acontecimento mestre

Restituem-me a forma

E o meu esplendor.



Um diminuto berço me recolhe

Onde a palavra se elide

Na matéria – na metáfora –

Necessária, e leve, a cada um

Onde se ecoa e resvala.



A magnólia,

O som que se desenvolve nela

Quando pronunciada,

E um exaltado aroma

Perdido na tempestade.



Um mínimo ente magnífico

Desfolhando relâmpagos

Sobre mim.




(Luiza Neto Jorge)


(isto de estar a corrigir testes sobre Magnoliopsidae deu-me para isto... e este poema chegou-me de um Grupo "Amigos de um Lugar ao Sol"... não conheço ninguém desse grupo, mas tenho sido presenteada com poemas todos os dias... :-D) )

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