09 maio 2010

...eu nasci para ser feliz...


...definitivamente, acredito que que nasci para ser feliz. E posso dizer que sou feliz. A muito custo, consegui atingir a maioria dos objectivos que tinha traçado desde que me conheço. E o final do ano passado e este ano têm permitido alcançar algumas coisas impensáveis em termos profissionais. Creio que mereço este "reconhecimento". Durante muito tempo trabalhei imenso e se consegui chegar até aqui foi graças a muito empenho e trabalho da minha parte. Não fui propriamente uma pessoa bafejada pela sorte e muito menos tive cunhas.

Em termos pessoais, também não me posso queixar muito. Ainda me falta atingir um objectivo primordial, mas isso vai acontecer na altura certa. Mesmo assim, posso dizer que gosto da minha vida. De facto, não tenho tudo o que gostaria de ter, mas gosto do que tenho. Há uns dias, entrei no grupo do Facebook "eu nasci para ser feliz". Achei piada aos comentários das pessoas. E de facto, tantas e tantas vezes temos tudo para nos sentirmos felizes e acabamos por dar importância a algo que não temos (porque a galinha da vizinha é sempre melhor que a minha), e sofremos terrivelmente de uma forma estúpida.

Na semana passada, encontrei uma colega de doutoramento. O desânimo e a infelicidade dela chocaram-me. De facto, tem uma bolsa Pós-Doc, não tem um emprego "estável". Mas eu tenho um contrato de 2 anos. Tal como a bolsa, pode ser renovado ou não. Ela tem uma série de coisas que eu gostaria de ter e que fazem parte dos meus sonhos. Mas é incapaz de olhar para o que tem de bom. Sempre foi assim e continua igual, teimando em ser infeliz.

Encontrei também uma colega de trabalho e fiquei incomodada com a "aura" dela. O pior, é que sempre foi assim e está pior. Incapaz de ver o que tem de bom na vida.

Tudo nesta vida tem prós e contras. A única forma de seguir em frente com um sorriso é aproveitar o bom que a Vida nos oferece e desvalorizar as coisas más. Se tudo fosse perfeito, acabariamos por não dar valor a nada (e é o que acontece com muitas das pessoas, actualmente) e sofreriamos por não ter nada que valesse a pena. Pela minha parte, tudo aquilo que tenho foi conseguido a tanto custo, que tenho que o valorizar devidamente... e sempre que possível, tentar repartir a minha alegria com quem me rodeia...


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