13 julho 2010

...não está em nós dá-lo nem quitá-lo...




...ontem, durante a viagem, apesar de ter passado a noite em claro, devorei o livro "Os pássaros de seda" da Rosa Lobato Faria. Durante uns largos meses o livro ficou arrumado à espera de um tempo livre... e ontem não descansei enquanto não cheguei ao fim. E de facto, aquele sentimento enorme e tolo e perfeitamente doentio por alguém que é um verdadeiro FDP, mas a quem se consegue desculpar tudo, fez-me lembrar um bocado alguns acontecimentos da minha vida e esta frase "não está em nós dá-lo nem quitá-lo", fez-me pensar em como me senti durante uma eternidade, incapaz de lutar contra algo que sabia estar errado e que me fazia mal. Durante anos culpei-me por um determinado relacionamento ter falhado e de nem sequer termos conseguido ficar amigos, que era o verdadeiramente importante. Agora sei que apenas fui um joguete e que se as coisas falharam eu pouco contribuí para isso. Durante uns tempos, este tema do Mestre lembrava-me essa pessoa, pelo modo como actuava, sugando tudo o que podia e deixando a outra parte reduzida a nada... e de facto, esse é um modus operandum muito vulgar...

...e se houve alguma grande falha da minha parte foi apenas em 2 coisas: ter acreditado em alguém assim, a ponto de lhe confiar tudo e acreditar que alguém assim um dia possa ter sido meu amigo, porque os amigos não se aproveitam dos nossos momentos mais fracos para nos empurrarem escada abaixo como aconteceu. Durante muito tempo, custou-me querer ver que me tinha enganado tanto, mas de facto foi o meu maior erro até ao momento. Acho que ontem consegui colar as peças do meu puzzle que não queriam encaixar e se soltavam... e como a minha máxima é "da minha vida só fazem parte as pessoas de quem eu gosto e que merecem a pena" acho que consegui carregar de vez na opção "delete" e eliminar uns ficheiros do lixo do batente malandro... finalmente!!!!!!

...e cá fica o Mestre num concerto memorável por inúmeras coisas (obrigado pelo vídeo, Gustavo)... e os Senhores Comendadores, a falar verdade (obrigado, Baco)...

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