03 dezembro 2010

...é que os momentos felizes tinham deixado raízes...

...o tempo não tem sido muito para conseguir escrever o que gostaria neste meu cantinho. Nem mesmo para conseguir colocar vídeos ou poemas tenho conseguido arranjar tempo. Mas, hoje na viagem vi mais um arco-íris e lembrei-me deste cantinho e de um conjunto de situações da minha vida.

Não sou perfeita e tenho plena consciência das minhas muitas limitações, mas também tenho consciência do que sou e como sou e qual o meu lado bom. E se há coisa que sei, é que não é costume falhar aos meus amigos. Nem sempre consigo estar tão presente quanto gostaria, mas estou sempre disponível quando me procuram.

Por isso, não percebo a atitude de alguém que eu tinha como amigo e em quem confiava, há uns 2 meses atrás. Perguntou-me o local de trabalho de um conhecido num "chat", madrugada dentro. Respondi-lhe a verdade: não sabia (e não sei). E, desabafei, relativamente a um grupo de pessoas com quem lidei no passado (e que incluia ambos), que ainda me sentia triste e magoada por um conjunto de situações e que se se tinham afastado, então era porque eu não fazia grande falta. Não sei que raio de nó se lhe deu no circuito neuronal, que se emelindrou por completo, porque o estava a acusar injustamente. Fiquei estupefacta, tentei explicar-lhe que não o tinha acusado, mas depois de uma meia hora de tentativas de justificação sem resultado, desisti. Estava demasiado cansada - tinha ido a Vila Real tratar de uns assuntos profissionais, tinha sido um dia cansativo, com 4 horas e meia de viagem, estava a meio da correcção final de um relatório de estágio escrito em inglês, e estava cansada demais para perder tempo com parvoíces. No dia seguinte, com mais calma, escrevi-lhe um mail explicando claramente a situação e que estava magoada com as acusações injustas. Entre as respostas, foi-me exigido que o desculpasse e que esquecesse a situação. Respondi com sinceridade: não sou de guardar ressentimentos, mas preciso tempo de tempo. A resposta foi que se não conseguia esquecer de imediato e passar um pano sobre o assunto, não era sua amiga. Fiquei sem resposta, perante este comportamento puramente egoísta e infantil. De facto, devo ter um conceito de amizade estranho. Para mim a AMIZADE assenta na confiança e no respeito. Se alguém me acusa de algo que não fiz ou de algo que não sou, e ainda por cima nem sequer consegue ouvir a minha justificação nem nada do que digo, a minha reacção é sentir-me magoada. E se confio nas pessoas e se me magoam, ao ver que não confiam em mim, por atitudes que eu não percebo e sem se conseguirem justificar, fico bastante magoada e ofendida. E preciso tempo para que a mágoa se dilua.

Felizmente, não é a situação normal... felizmente, continuo a confiar nos meus Amigos e sei que confiam em mim e me aceitam como sou, com os meus defeitos. Quem não é digno desta confiança e da minha amizade, talvez o melhor seja afastar-se de vez. Talvez por pensar assim seja má amiga. Mas de facto, o melhor é deixarem o caminho livre para quem quer de facto partilhar a minha vida e fazer parte dela...




(...e de facto: pode alguém ser quem não é????????... e hoje precisava de escrever isto, porque esta atitude puramente egoísta e infantil magoou-me e continuo sem perceber as razões... talvez a única justificação seja mesmo que os nossos conceitos de amizade são muito distintos...)

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