11 dezembro 2010

...nostalgia (III)...

...está-se a aproximar o final do ano e, de facto, tenho pensado mais profundamente na minha vida. Normalmente, vivo um dia atrás do outro - perseguindo os meus objectivos e cumprindo as minhas obrigações, deixando também tempo para as pessoas de quem gosto. Mas antes de férias ou antes do final do ano, acabo sempre por pensar no que ganhei e no que perdi e nas pessoas que fazem parte da minha vida ou que deixaram voluntariamente de fazer parte do meu presente. E acaba por restar sempre alguma mágoa e um sentimento de vazio. Acho que durante esse tempo em que nos relacionámos acreditei demais e construí uma imagem mental quase perfeita das pessoas, bem diferente da realidade. E houve uma situação que me magoou bastante e que deixou uma ferida que só há pouco tempo começou a cicatrizar. Desde miúda que achei que os relacionamentos pessoais se deveriam basear em algo mais sério do que "porque sim". Continuo a manter alguns amigos do liceu e, apesar de termos seguido caminhos bem diferentes, continuamos a mandar sms ou telefonar com frequência. O mesmo se passa em relação a um conjunto grande de amigos de faculdade. Continuam a partilhar a minha vida. E a maioria do amigos que encontrei nos últimos 10 anos ficaram a fazer parte do meu presente. Houve alguns que partiram. Lamento que assim tenha sucedido. Mas se aconteceu, foi porque eu não lhes fazia assim tanta falta. Há uma situação que eu não consigo perceber ainda hoje, passados tantos anos... a única explicação que encontro é a de ter construído uma imagem muito díspar da realidade....


(...e por falar em perdas: uma amiga hoje faria anos, se cá estivesse ainda...)

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