22 janeiro 2007

Quando eu morrer...

Quando eu morrer e no frescor de lua
Da casa nova me quedar a sós,
Deixa-me em paz na minha quieta rua...
Nada mais quero com nenhum de vós!

Quero é ficar com alguns poemas tortos
Que andei tentando endireitar em vão...
Que lindo a Eternidade, amigos mortos,
Para as torturas lentas da Expressão!...


Eu lavarei comigo as madrugadas,
Pôr de sóis, algum luar, asas em bando,
Mais o rir das primeiras namoradas...


E um dia a morte há-de fitar com espanto
Os fios da vida que eu urdi, cantando,
Na orla negra do seu negro manto...


Mário Quintana

3 comentários:

Dina disse...

Eu quero essa casa...é linda!!
Bj

Pereira disse...

Que bela casinha. É tua Pêndulo ou foi só para realçar o poema

Pêndulo disse...

caro Zulo Zurrapa

queres saber da casinha para lá instalares um quartel da GNR????

na escolinha onde aprendeste já eu ensinei, meu caro...