Quando eu morrer...
Quando eu morrer e no frescor de lua
Da casa nova me quedar a sós,
Deixa-me em paz na minha quieta rua...
Nada mais quero com nenhum de vós!
Quero é ficar com alguns poemas tortos
Que andei tentando endireitar em vão...
Que lindo a Eternidade, amigos mortos,
Para as torturas lentas da Expressão!...
Eu lavarei comigo as madrugadas,
Pôr de sóis, algum luar, asas em bando,
Mais o rir das primeiras namoradas...
E um dia a morte há-de fitar com espanto
Os fios da vida que eu urdi, cantando,
Na orla negra do seu negro manto...
Mário Quintana
3 comentários:
Eu quero essa casa...é linda!!
Bj
Que bela casinha. É tua Pêndulo ou foi só para realçar o poema
caro Zulo Zurrapa
queres saber da casinha para lá instalares um quartel da GNR????
na escolinha onde aprendeste já eu ensinei, meu caro...
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