03 março 2007

Diz-mo de outro modo...

Diz-mo de outro modo. Sim, inventa uma
desculpa - a mais breve, pois nada escutarei
para lá do primeiro sinal de dor. Basta-me

a cicatriz que há-de ficar a tatuar-me o peito
como o número que envergonha a beleza de um
pulso, o ferro que sela a mansidão de um touro,
o nome proibido que nunca mais se esquece.


(Maria do Rosário Pedreira)

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