...refaço a espera...
Veio, devagar, um pássaro
sobrevoar minhas mãos
tão adiadas das tuas.
Refaço a espera.
Digo o teu nome para que voltes.
Foi secreto e breve o nosso encontro.
Nenhum registo o mencionou.
Vieste, lembro,
como quem vem por uma noite:
ansioso e clandestino
Esqueci já o lugar.
Não o brilho dos teus olhos.
Uma sensata loucura
me tornou cúmplice
dessa paixão quase marginal.
Nunca se viu uma história
onde se ache um cavaleiro andante
sem amores, disseste,
como quem justifica
o paradoxo de um amor assim.
-Graça Pires-
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