14 julho 2010



Reminiscência

Os instantes que vivo
não são a minha vida:
ela voa perdida
no desenho furtivo
de uma breve asa ferida
daquele pássaro esquivo
que anda desaparecido
e continua à deriva
desde que sou crescido
e perdi o sentido
da verdade mais viva.

E por mais que persiga
esse rasto infinito
não há voz que me diga
se a memória de um grito
é tudo o que me liga
ao primeiro suspiro
dessa ave iludida
cujas asas eu firo
sem saber se consigo
descobrir a saída
rumo àquele céu antigo
onde deixei a vida.

....acho que desta vez vou encontrar a saída e seguir em frente e conseguir concretizar o meu maior sonho... e ao acaso, escolhi livros para trazer na viagem sem razão de maior, a não ser que estavam por lá e ainda não os tinha conseguido ler, e tenho-me deparado com algumas coisas que me estão a ajudar a arrumar tudo e a fechar de vez as gavetas que teimavam em abrir... porque agora, depois de desmontar tudo e refazer o puzzle todo sei que mereço ser feliz...

2 comentários:

Rosa Angélica disse...

pois é minha amiga, acho que por uma dessas coincidências do destino estamos vivendo o mesmo momento. Só que eu ainda estou na fase de desarrumar as gavetas e achar as peças do puzzle para começar a montá-lo e nossa, como é difícil!

Pêndulo disse...

não é fácil, não... leva tempo, é preciso paciência e pode haver recaídas... mas no final, fica tudo arrumado e sabemos que merecemos ser muito felizes, ainda que o caminho não seja bem o escolhido...