06 dezembro 2010

...os amigos são pedras preciosas gravadas no coração...

...este foi o meu brilhante pensamento, enquanto me estava preguiçosamente a arranjar para enfrentar o temporal que assolou a cidade do Mondego, hoje à tarde.
Este pensamento retrata o que sinto em relação aos meus amigos, a quem carinhosamente costumo chamar "os meus pirilampos", pois tantas vezes me têm guiado  nas muitas situações menos fáceis que tenho enfrentado. E de facto, sei que eles estão presentes quando preciso e tantas vezes aparecem mesmo sem  ser preciso eu chamar. E sei que, se não fosse graças à minha família e aos meus amigos, teria perecido no caminho, por muita força de vontade que tivesse. Por isso, sei que sou uma pessoa com imensa sorte. E os meus amigos continuam comigo.

Houve algumas pedras que se perderam. Há uns dias escrevi sobre uma situação estúpida, da qual continuo ainda sem perceber o que despoletou tudo. Não deixo de me sentir triste, por ver que afinal algumas das pedras que estimava se soltam por tão pouco. Mas, por muito que me custe, tenho que perceber que, tal como nas jóias, também no nosso coração há algumas pedras mais lassas, em que basta uma pequenina força para as fazer soltar. E talvez seja importante percebermos definitivamente quem são os nossos AMIGOS, com quem podemos partilhar a nossa vida. Porque, de facto, a maioria das pessoas quando fala do seus amigos, fala das pessoas que lhes estão sempre a passar a mão no ombro, a concordar com tudo o que fazem e a elogiá-los constantemente e a amparar-lhes as quedas. Sem exigir nada em troca. Mas que, quando pedem que lhes amparem a queda, acabam por ser empecilhos e acabam excluídos da sua vida. E este entendimento egoísta da amizade incomoda-me. Porque os meus amigos também têm momentos maus e precisam que também eu lhes ampare a queda e os ajude a subir. Porque os meus amigos, são imperfeitos, mas, ainda assim, são pessoas excepcionais e conseguem aceitar-me na minha imperfeição, da mesma forma que eu os aceito. E porque os meus amigos são pessoas fabulosas e sabem que a melhor forma de me darem a mão não é fazerem-me constantemente festinhas, ajudando a que me enterre no lodo cada vez mais, mas que, ao invés, me devem chamar à atenção, às vezes de forma menos simpática, de forma a que consiga mudar o meu rumo atempadamente. E de facto, só posso agradecer pelos amigos fabulosos que fui encontrando na minha vida, às vezes de forma "sui generis", mas que ficaram cá incrustados no peito e sem os quais dificilmente conseguirei seguir em frente, porque... são pessoas absolutamente fantásticas, ou não seriam os meus amigos...




(...e o anel: porque recebi um anel em alguns momentos da minha vida em que atingi alguns objectivos impensáveis... e porque a amizade é um enorme compromisso...)

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