29 janeiro 2007

Quando passeava numa tarde

Quando passeava numa tarde,
E descia pela Bristol Street,
As pessoas sobre o passeio
Eram searas prontas a colher.


E lá em baixo, junto ao rio cheio,
Escutei o canto de um amante
Sob uma arcada do caminho de ferro:
«O amor não tem fim.


Amar-te-ei sempre, amar-te-ei
Até que a China se una à Africa
O rio galgue a montanha
E o salmão cante nas ruas.


Amar-te-ei até que o oceano
Seja dobrado e pendurado a secar
E as sete estrelas partam grasnando
Como gansos voando pelo céu.


Como coelhos correrão os anos,
Porque nos meus braços
Seguro a Flor das Idades
E o primeiro amor do mundo»


W. H. Auden

2 comentários:

Nena Martins disse...

Olá, achei seu blog incrível.
Você é uma pessoa muito sensível.

adorei ler seus poemas.

Um abraço!

Pêndulo disse...

Infelizmente não tenho jeito para escrever poesia (acho que nem prosa), mas gosto imenso de poesia - acho que foi uma sementinha que algumas pessoas que passaram pela minha vida deixaram :)))

Fico contente por ter gostado do meu cantinho.

Abraço :)