25 abril 2008

...o que faço aqui?...

Há 34 anos as espectativas eram muitas. E de facto melhoramos em muitas coisas: podemos ter a nossa opinião e viver fora dos parâmetros "normais", sem temer que alguém nos entre casa dentro para nos intimar... de facto a LIBERDADE foi uma enorme conquista. E sem dúvida que houve uma melhoria generalizada das condições de vida da população...
Pena é que muita gente se esqueça do que significa LIBERDADE... e que por causa desse "esquecimento" tenhamos o País que temos, dado que durante anos tal "liberdade" adquirida foi escudo para todos os comportamentos menos próprios... e ainda hoje isso se verifica.
E como quem está à frente de quase tudo neste País se aproveitou da Revolução para saltar para os postos de chefia que tanto ambicionavam, e a que num normal Estado de Direito nunca poderiam aspirar, e como os maus exemplos começam "de cima", eis o resultado: "Ai Portugal, Portugal, de que é que tu estás à espera, tens o pé numa galera e o outro no fundo do mar..."




E DEPOIS DO ADEUS

Quis saber quem sou
O que faço aqui
Quem me abandonou
De quem me esqueci
Perguntei por mim
Quis saber de nós
Mas o mar
Não me traz
Tua voz.

Em silêncio, amor
Em tristeza e fim
Eu te sinto, em flor
Eu te sofro, em mim
Eu te lembro, assim
Partir é morrer
Como amar
É ganhar
E perder

Tu vieste em flor
Eu te desfolhei
Tu te deste em amor
Eu nada te dei
Em teu corpo, amor
Eu adormeci
Morri nele
E ao morrer
Renasci

E depois do amor
E depois de nós
O dizer adeus
O ficarmos sós
Teu lugar a mais
Tua ausência em mim
Tua paz
Que perdi
Minha dor que aprendi
De novo vieste em flor
Te desfolhei...

E depois do amor
E depois de nós
O adeus
O ficarmos sós

José Niza

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